Informações Gerais

Data: 05 a 12 de julho de 2006
Principais cidades visitadas:
            Pomerode
            Urubici
            Bom Jardim da Serra
            Gravatal
            Florianópolis
Distância percorrida: 1460 km
Moto: NX-4 Falcon 2006
Acessórios:
Alforjes Gift
Bolsa de tanque Gift
Bauleto Givi 45


Relato de Viagem

Sempre gostei de viajar e conhecer novos lugares. Desde que comprei a minha primeira moto comecei a planejar diversos roteiros nos quais pretendo percorrer muitos quilômetros e que se Deus quiser o mais breve possível. Dentre os principais projetos que tenho em mente posso citar:
- Serras Catarinenses e Gaúchas
- BR-101 (Rio – Santos)
- Ushuaia / Patagônia
- Lagos Andinos
- Deserto do Atacama
- Chapada dos Veadeiros
- Litoral do Nordeste
- e muito mais......

Como minha mulher eu só tínhamos 8 dias disponíveis tivemos que optar por um passeio curto,  que incluía algumas cidades do vale do Itajaí, cidades da Serra Catarinense e Termas do Gravatal.

Já com todos os apetrechos na moto partimos as 9:00 horas. Como falei a pouco a Carla e eu queríamos conhecer novos lugares e por isso não fizemos o caminho mais curto. Saímos de Curitiba pegando a BR-376 que vira BR-101 e saímos dela em direção a Jaraguá do Sul. Não chegamos a entrar na cidade pois já conhecíamos. Fomos direto a Pomerode onde paramos para almoçar. Que cidade magnífica! Todas as construções em estilo alemão e com todas as ruas muito limpas. Mas o que mais me chamou atenção foi a quantidade de ciclovias (praticamente em todo o lugar).


Continuamos a viagem, passando por Blumenau, Ascurra e Apiúna, cidade muito conhecida pelas corredeiras do rio Itajaí, que são lindas e propiciam a prática do rafting. De lá seguimos para Rio do Sul, de onde deveríamos ir direto para Urubici. Porém lá cometi um erro e estava indo em direção a Lages que percebi uns 15 km após a cidade. Como estava com pouco combustível e havia visto uma placa de posto a alguns quilômetros a frente decidi ir até ele para abastecer, confirmar erro e retornar para Rio do Sul. O frentista confirmou o meu erro, entretanto ao invés de mandar retornar sugeriu que pegássemos um outro caminho que segundo ele era mais fácil do que voltar. Infelizmente ele estava errado, pois percorri 100 km a mais do que se eu retornasse. Com isso acabamos chegando em Urubici a noite sob muito frio. Pior que o frio foi perder o visual da descida da serra que dá acesso a cidade.

Nos instalamos na pousada Tiéquer, ao lado da igreja matriz, por volta das 19:00 horas. A pousada é muito aconchegante, com instalações muito boas. No jantar fomos ao restaurante do Zeca com comida variada, muito gostosa e barata - ficamos freguês.

Na manhã seguinte fomos ao Morro da Igreja, local em que foi registrada a menor temperatura do Brasil (-17oC em 1996). Lá existe um posto de observação da aeronáutica e uma formação rochosa com um furo no centro, isto tudo a 1828 metros de altitude com uma vista de tirar o fôlego. Perdi a noção do tempo, mas acredito que a Carla e eu ficamos mais de uma hora curtindo a paisagem.






De lá seguimos para a cascata do Véu da Noiva, a qual é muito bonita (imagino como deve ser sem a estiagem). Na chácara onde está localizada a cascata há um pequeno restaurante com uma comida caseira muito gostosa (vale a pena experimentar). Continuando o passeio fomos conhecer o ponto alto da viagem em minha opinião, a Serra do Corvo Branco. É uma estrada com um desnível de quase 1000 metros realizados em menos de 6 km. Para isso muitas curvas, com vistas magníficas. Descemos parte dela para curtir o visual e retornamos para poder ver o por do sol do alto do morro do Campestre, que segundo os moradores é muito bonito. Comprovado, é um passeio imperdível.

Na subida do morro uma vaca, animal mesmo, cruzou a minha frente e ao parar a moto as rodas deslizaram no saibro e fomos ao chão. Na realidade deixei a moto cair, pois nós pulamos dela. Fora o susto, quebrou o protetor de mão e a Carla ficou com alguns roxos nas pernas.













Retornamos a pousada e neste dia fizemos um lanche no quarto mesmo com a calefação ligada, para descansar mesmo....

No terceiro dia de viagem acordamos mais tarde, pois além de conhecer novos lugares e também queríamos descansar. Após o café da manhã fomos tirar algumas fotos da Igreja Matriz (por fora) e depois visitamos a cachoeira do Avencal com 100 metros de queda. Tanto a parte baixa como a superior dela são muito bonitas, porém a baixa é mais bonita apesar de requerer uma caminhada de uns 25 minutos. Voltamos para o centrinho e almoçamos no restaurante do Zeca (afinal viramos fregueses fiéis). A tarde fomos ao morro do Parapente, não sei o nome, mas assim que os moradores chamam. Este morro é bem próximo ao centro e é de lá que alguns aventureiros praticam o vôo livre.

No quarto dia tentamos conhecer mais um pouco da cidade que tem muitas atrações, desde inscrições rupestres, uma dezena de cachoeiras, rios e muitos morros com paisagens de tirar o fôlego.




Após quatro dias de muito sol e temperaturas em torno de 10oC, o dia amanheceu com uma chuva intensa e temperatura de 5oC. Isso não nos desanimou, arrumamos a bagagem e seguimos viagem em direção a Gravatal, passando por um dos principais pontos turísticos de Santa Catarina, a Serra do Rio do Rastro. Quando chegamos a chuva já havia parado, porém com pouca visibilidade. Em função de uma prova de ciclismo que estava ocorrendo a estrada estava fechada e ficamos aguardando por quase duas no módulo policial na parte superior da serra. Apesar de atrasar a nossa programação, isto foi bom, pois o tempo foi abrindo aos poucos e pudemos ver alguma coisa.




Nossa programação era de ficar 4 dias nas Termas do Gravatal, porém apesar do lugar ser um lugar muito bonito, nós achamos um tanto “parado” e ficamos uma única noite. Acredito que éramos os mais jovens no local, para se ter uma idéia havia quatro ônibus parados no estacionamento do hotel, todos eles com excursões de idosos. Com isso decidimos ir a Florianópolis para visitar meus pais e minha irmã que moram lá. A estrada entre Tubarão e Palhoça está sendo duplicada, com muitos tratores e caminhões cruzando-a frequentemente, além do tráfego intenso de carros e caminhões.

Oito dias após a partida pegamos a estrada em direção a Curitiba. Como este trecho faço com certa freqüência viemos direto, somente com parada para abastecer e esticar as pernas. Fica como dica parar no posto Eucalipto em Piçarras, pois tem uma arquitetura muito interessante. Esta foi a primeira “grande viagem” que fizemos de moto e como deu tudo certo minha mulher e eu começamos a sonhar cada vez mais com projetos de novas aventuras.